18 de maio de 2010

TEXTO : FILHO DA TERRA

Às vezes penso que a morte não é inimiga da vida, e sim uma amiga.

Saber que nossa vida tem um limite é o que a torna tão valiosa.Saber que o tempo nos foi emprestado é o que , no melhor dos casos, nos faz encarar como um patrimônio posto a nosso encargo por certo tempo.

Somos como crianças que tem o privilégio de passar um dia em um grande parque, um com muitos jardins e brinquedos, lagos azuis repletos de barcos que navegam sobre ondas tranquilas.É verdade que os dias designados a cada um não tem a mesma duração, nem a mesma luz, nem igual beleza. Alguns têm o privilégio de passar longos dias nos jardins da terra. Para outros, o dia é curto, mais nublado.

Sabemos também que existem tormentas e vendavais que obscurecem o mais azul dos firmamentos, e que há raios de sol que atravessam o mais escuro dos céus de inverno.

Então, para cada um de nós chega o momento quando a enfermeira grande, a morte,toma o homem, o menino pela mão e diz baixinho: "Está na hora de ir para casa, está escurecendo. Chegou a hora de dormir, filho da terra. Venha, você está cansado. Vem, descanse e durma, o dia terminou . As estrelas brilham no céu...."

Joshua Loth Liebman

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